Menopausa, viva bem com ela no dia a dia, pois é uma fase natural da vida de qualquer mulher.
Antes mesmo da chegada da menopausa, as mudanças já se anunciam… Geralmente, os primeiros sinais começam a aparecer antes dos 45 anos, e podem durar até 5 anos. Este período é denominado “pré-menopausa”. Às vezes, manifesta-se por calores súbitos, suores nocturnos e, sobretudo, por uma irregularidade dos ciclos menstruais.
O ciclo feminino
Durante todos os seus anos de fertilidade, a mulher é regulada de acordo com um ciclo relativamente constante. Os ovários são estimulados por hormonas provenientes de uma outra glândula situada no cérebro, a hipófise. Sob o estímulo destas hormonas, sintetizam-se os famosos estrogénios e a progesterona, em diferentes momentos do ciclo. Na 1ª parte do ciclo (do 1º ao 14º dia), a secreção de estrogénio é máxima. Em seguida, no meio do ciclo, ocorre a ovulação. É então a vez da massa de células foliculares que envolve o óvulo, que acabou de ser expulso, fabricar hormonas. Este revestimento é chamado “corpo amarelo”, que fabrica grandes quantidades de estrogénio e, sobretudo, de progesterona, especialmente nos dias seguintes à ovulação. Na ausência de gravidez, este corpo amarelo atrofia-se e as secreções de estrogénio e de progesterona, diminuem pouco a pouco até ao fim do ciclo. Inicia-se então um novo ciclo.
Você sabia que a mulher nasce com um capital de aproximadamente 400 óvulos. Sabendo-se que os ovários produzem 1 óvulo por mês, pode-se estimar entre 30 e 35 anos o período de fertilidade. Uma mulher que se torna púbere por volta dos 12 anos terá esgotado o seu stock de óvulos por volta dos 45 anos.
As premissas da mudança
A partir dos 40 anos, os ovários começam a produzir menos hormonas femininas: os níveis de hormonas sexuais (estrogénio e progesterona) diminuem. Contudo, não simultâneamente. O nível de progesterona é o primeiro a cair (por volta de 5 anos antes da interrupção das regras), mas o nível de estrogénio permanece relativamente normal.
O nível de progesterona cai antes do nível de estrogénio
A partir deste momento, a relação entre o nível de estrogénio e o nível de progesterona aumenta, havendo uma relativa “hiperestrogenia”. Como o bem estar da mulher está directamente relacionado com o equilíbrio entre o estrogénio e a progesterona, os primeiros efeitos indesejáveis começam então a aparecer: sensação de irritabilidade, peso nas pernas, seios doloridos, aumento de peso, inchaço e regras abundantes etc.
Em seguida, num segundo tempo da pré-menopausa, o nível de estrogénio começa a diminuir. De um mês a outro, dependendo da ocorrência ou não de ovulação, a mulher alterna entre períodos inteiros sem sinais desagradáveis e momentos de irritabilidade, calores súbitos, etc. Chega um momento a partir do qual estes níveis são baixos demais para provocar as regras. É o fenómeno conhecido como menopausa.
A menopausa é a paragem do funcionamento dos ovários, resultando na cessação da secreção das hormonas sexuais e na interrupção dos ciclos menstruais e, portanto, da ovulação depois de pelo menos 1 ano.
A cada mulher uma menopausa
É preciso saber que não existe uma menopausa, e sim, menopausas. Com efeito, esta etapa é vivida de maneira muito diferente por cada mulher. Ela depende da personalidade de cada uma e da intensidade dos sintomas; calores súbitos, falta de ânimo e motivação, morosidade, sono difícil, distúrbios sexuais….Sem falar no aumento de peso, pois não nos movimentamos aos 50 anos como nos movimentavamos aos 20 anos. Os gastos energéticos são reduzidos. Daí a importância de tentar continuar a praticar regularmente, mas com moderação, uma actividade física (marcha, natação, hidroginástica, kundalini yoga, pilates…) e de adotar uma boa estratégia alimentar (menos gorduras e açúcares rápidos, mais verduras e eliminar o consumo de alimentos processados e inúteis. O organismo deve adaptar-se à sua condição hormonal, sem que, no entanto, isso venha a ser uma fatalidade!
É geralmente entre os 45 e os 50 anos que esta grande mudança ocorre na vida das mulheres. É neste período que surgem certas perturbações: afrontamentos, aumento de peso, nervosismo…Felizmente, hoje em dia é possível atenuar estes problemas, e as mulheres de 50 anos ou mais podem continuar no auge da sua forma e sedução.
Para viver melhor a menopausa
Não existe um tratamento único da menopausa. Na verdade, o tempo de pré-menopausa e os sintomas relacionados com a interrupção das secreções hormonais variam imensamente de mulher para mulher. Por isso, as soluções devem ser adaptadas em função das características pessoais da mulher que atravessa este período. Em todos os casos, a menopausa deve beneficiar de acompanhamento médico. Nesta fase, é prudente submeter-se regularmente a certos exames preventivos: mamografias, citologias para detecção do cancro do colo do útero, exames de sangue, etc… Convém consultar regularmente um ginecologista e, se possível, escolher junto com ele o tratamento mais adequado.
A menopausa não é nenhuma doença, é uma fase natural da vida da mulher. No entanto, este período nem sempre é uma experiência fácil. Para certas mulheres, a menopausa vem acompanhada de perda de energia, lassidão, distúrbios do sono, aumento de peso, queda da libido etc. Para superar estes momentos difíceis, as plantas podem revelar-se grandes aliadas.
Reencontre o bom humor
Se as moléculas químicas criadas para tratar a ansiedade, a angústia ou ainda, a depressão, podem desenvolver habituação e não são desprovidas de efeitos secundários, certas plantas e substâncias naturais são muito eficazes para melhorar o humor e podem ajudá-la, sem lhe fazer mal.
A Maca o regulador peruano
A Maca é uma planta tuberosa que cresce nos Andes peruanos, a cerca de 3000 a 4500 metros acima do nível do mar. A Maca é a única planta comestível a sobreviver nestes recônditos, pois à noite faz muito frio, e de dia, o sol pode ser impiedoso. A sua riqueza nutricional é expressa pela multiplicidade de substâncias que a compõe (aminoácidos essenciais, ácidos gordos essenciais saturados e insaturados, fibras, vitaminas B1, B2, B6, B12, C e E, sais minerais, entre os quais, ferro, cálcio e zinco. Por todas estas razões, a Maca é dotada de propriedades revitalizantes:
- Melhora o tónus muscular e as capacidades físicas;
- Os seus componentes actuam sobre os centros nervosos, o que lhe confere propriedades antidepressivas, anti-stress e anti-ansiedade;
- Alivia os sintomas relacionados com a menstruação: dismenorreia, dores pré-menstruais e regulariza o ciclo;
- Ajuda a manter a fertilidade e a potência sexual masculina e feminina;
- É uma preciosa aliada no combate da anemia e da osteoperose;
- Reforça o sistema imunitário e melhora a resistência à fadiga.
O Magnésio – o anti-stress por excelência
O stress e a fadiga são muitas vezes o resultado de uma carência de magnésio. Para estar sempre no auge da forma, devemos ingerir em média 300mg de magnésio por dia. Infelizmente, a nossa alimentação actual fornece-nos muito pouca quantidade deste elemento, e os alimentos mais ricos em magnésio são também, na maioria dos casos, os mais ricos e calorias. Na alimentação, as melhores fontes de magnésio são as farinhas e cereais integrais, o sal não refinado, os legumes, as frutas secas, o chocolate e os frutos do mar.
Durma o sono dos justos
Stress, angústia, nervosismo, ansiedade, má digestão…muitas são as causas da insónia. Tente tratá-la com plantas, escolhendo as que melhor correspondem às causas do seu problema.
Uma alimentação adaptada
A alimentação é um dos factores mais importantes para preservar a nossa saúde. É importante constituir um capital ósseo sólido, e isso muito antes da puberdade, através de uma alimentação equilibrada, rica em cálcio e vitamina D. Esta última, que sintetizamos graças ao sol, facilita a absorção intestinal do cálcio e a sua fixação nos ossos. O cálcio e o magnésio são indispensáveis à formação e à manutenção dos ossos. O zinco actua no metabolismo e no crescimento, a vitamina B6 favorece a sintese de glóbulos vermelhos. Opte por complementos alimentares ricos em vitaminas, sais minerais (magnésio, cálcio, etc) e oligoelementos (zinco, sílicio, etc). Por fim, para combater a desmineralização dos ossos, pense em plantas que garantam um bom aporte mineral e associem minerais, oligoelementos e vitaminas (como por exemplo, a urtiga).
Os factores de desmineralização óssea
A perda do tecido ósseo ocorre a partir da menopausa e estende-se com o envelhecimento do organismo.
A desmineralização óssea decorre em grande parte do nosso modo de vida. Portanto, pode impedi-la, bastando para isso aplicar algumas regras simples:
- Limite todos os factores de risco: tabaco, álcool, excesso de sal e de cafeína, regime pobre em cálcio e em proteínas.
- Pratique uma actividade física regular e moderada (marcha, natação, kundalini yoga). O sedentarismo é um grande inimigo dos seus ossos. A falta de exercício é responsável pela degradação da massa óssea.
- Aproveite o sol!
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Isabel Froes , comenta:
Bom texto